quinta-feira, 27 de março de 2014

Anéis em torno de asteoide

26.março.2014 16:04:42

Brasileiros descobrem anéis semelhantes aos de Saturno em torno do asteroide Chariklo

FOTO: Ilustração científica de Chariklo e seus anéis. Crédito: Lucie Maquet
Herton Escobar / O Estado de S. Paulo
Pergunta para o próximo vestibular: Imagine um objeto arredondado, que gira em torno do Sol e está rodeado de anéis. Que objeto é esse?
A) Júpiter; B) Saturno; C) Urano; D) Netuno; E) Um asteroide do qual você nunca ouviu falar; F) Todas as alternativas anteriores estão corretas
Acredite se quiser, mas a resposta certa, a partir de hoje, é F.
O nome do tal asteroide do qual você (provavelmente) nunca ouviu falar é Chariklo. Ele tem 250 km de diâmetro, vive entre as órbitas de Saturno e Urano, e é o primeiro objeto “não planeta” com anéis descoberto até agora no sistema solar, segundo um estudo internacional liderado por brasileiros e publicado na última edição da revista Nature.
Até agora, acreditava-se que apenas os quatro planetas gigantes tinham anéis. Os mais famosos e espetaculares são os de Saturno, mas JúpiterUrano e Netuno também possuem anéis, ainda que de menor proporção e bem menos brilhantes (a ponto de serem “invisíveis” nas fotos que vemos normalmente).
A descoberta de anéis ao redor do pequeno Chariklo foi uma surpresa para os próprios pesquisadores, que estavam de olho no asteroide por outros motivos, mais “rotineiros”. Em 3 de junho de 2013, Chariklo passou exatamente em frente a uma estrela, ocultando sua luz por um breve momento do ponto de vista de um observador na Terra. Astrônomos sabem quando esses eclipses (conhecidos, mas especificamente, como “ocultações”) vão acontecer e aproveitam esses eventos para estudar uma série de características dos objetos que causam a ocultação — por exemplo, para medir seu tamanho com maior precisão.
Foi o que planejaram fazer os pesquisadores nesse caso. Na noite de 3 de junho, 13 telescópios em 4 países (Brasil, Chile, Argentina e Uruguai) foram apontados para a estrela que seria ocultada por Chariklo. O resultado foi melhor do que se esperava: não só eles detectaram claramente o eclipse (de 12 segundos) causado pelo corpo principal do asteroide, mas também duas rápidas ocultações de brilho da estrela, 10 segundos antes e depois dele, causadas pelos seus anéis.
“Foi realmente uma grande surpresa. Não imaginávamos que poderia haver anéis ao redor de pequenos objetos como esse no sistema solar”, disse Felipe Braga Ribas, pós-doutorando do Observatório Nacional (ON), no Rio de Janeiro, que planejou e coordenou a campanha de observação da ocultação.
Análises posteriores dos dados permitiram determinar características detalhadas do sistema. São dois anéis, que os pesquisadores apelidaram de Oiapoque e Chuí: um muito denso, com 6,6 km de largura (mais interno); e outro bem menos denso, com 3,4 km de largura (mais externo); com um vazio entre eles de 8,7 km; posicionados a 400 km do centro do asteroide. Os cientistas acreditam que eles sejam compostos em grande parte por partículas de água congelada (gelo) e que tenham se formado após uma colisão de Chariklo com outro objeto, que produziu uma nuvem de detritos ao redor dele.
“São anéis parecidos com os de Saturno, muito brilhantes. Seria muito fácil vê-los se estivéssemos próximos”, disse Braga Ribas. O formato do corpo de Chariklo não é conhecido com exatidão, já que ele é muito pequeno para ser observado diretamente (como se faz com os planetas), mas é provável que ele seja um esferoide irregular, como outros asteroides. Ele está 16 vezes mais distante do Sol do que a Terra.
O trabalho é assinado por mais de 60 pesquisadores de 34 instituições, em 12 países, incluindo Braga Ribas e outros 10 brasileiros. Além do ON, participaram pelo Brasil o Observatório do Valongo/UFRJ, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), Polo Astronômico Casimiro Montenegro Filho/FPTI-BR, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Instituto de Física e Química de Itajubá (MG) e Universidade Estadual Paulista (Unesp-Guaratinguetá).
A principal observação dos anéis foi feita com o telescópio dinamarquês (Danish) do Observatório La Silla, parte do Observatório Europeu do Sul (ESO), instalado nos Andes chilenos. Também contribuíram os observatórios brasileiros SOAR (também nos Andes chilenos), de Ponta Grossa e deFoz do Iguaçu.
FOTO: Ilustração de como seria a vista da superfície de Chariklo, com os anéis à vista e o Sol ao fundo. Crédito: ESO/L. Calçada/Nick Risinger
Clique aqui para ver mais detalhes, imagens e vídeos de Chariklo, produzidos pelo ESO: http://migre.me/ivWuX
Implicações.  Segundo Braga Ribas, é provável que outros objetos pequenos do sistema solar também tenham anéis. “Seria muita sorte termos detectado o único sistema com anéis logo na primeira ocultação”, afirmou, em resposta ao Estado, numa coletiva de imprensa realizada pela internet. “Imagino que existam muito outros sistemas como esse por aí”, completou, destacando que a ocultação é o único evento que permite fazer esse tipo de detecção.
Descoberto em 1997, Chariklo é o maior asteroide conhecido de uma classe de objetos chamadosCentauros, que orbitam o sistema solar entre Júpiter e Netuno. Entre 400 e 500 deles são conhecidos, dos quais 15 estão sendo monitorados pelo grupo de pesquisa. A próxima ocultação de Chariklo agendada para observação deverá ocorrer em abril, na África. “Vamos tentar observar e detectar novamente os anéis”, disse Braga Ribas.
“Será muito interessante tentar encontrar anéis também ao redor de outros asteroides”, acrescentou Bruno Sicardy, co-autor do trabalho no Observatório de Paris. Ele quer entender porque os objetos docinturão principal de asteroides, localizado entre Marte e Júpiter, não têm anéis — muitos dos quais são maiores do que Chariklo e já foram observados por ocultações. “Chariklo pode ter algo que os outros asteroides não têm; alguma condição especial”, disse.
Os pesquisadores acreditam que Chariklo seja um asteroide de origem “transnetuniana” — ou seja, formado originalmente nas periferias mais geladas e distantes do sistema solar, além da órbita de Netuno –, que migrou para o interior do sistema solar mais “recentemente” (nos últimos 10 milhões de anos). É provável que seus anéis tenham se formado lá fora e foram mantidos durante o processo migratório.
INFOGRÁFICO ESTADÃO
Novo planetoide. Outra notícia interessante saída dessa periferia do sistema solar é a descoberta de um novo planetoide parecido com Sedna, o maior e mais distante dos objetos transnetunianos identificados até agora. O nome de registro dele — até que seja batizado com um nome “popular” — é 2012VP. Ele é, essencialmente, uma bola de gelo de 450 km de diâmetro que orbita o Sol numa trajetória ovalada e descentralizada, que faz ele se deslocar de 80 vezes (no ponto mais próximo) a 452 vezes (no ponto mais distante) a distância entre o Sol e a Terra.
A descoberta, assinada por Chad Trujillo e Scott Sheppard, está publicada na mesma edição da revista Nature, e representa mais uma peça no quebra-cabeça que os astrônomos tentam montar para explicar a formação do sistema solar e a atual composição dos seus limites mais extremos. Sedna e 2012VP são, por enquanto, os dois únicos integrantes conhecidos de uma população de objetos gelados que povoam uma região do espaço chamada pelos astrônomos de Nuvem Interna de Oort, que “começaria” a 50 vezes a distância entre o Sol e a Terra — muito além da órbita de Netuno e até do Cinturão de Kuiper, o aglomerado de corpos gelados que inclui o “ex-planeta” Plutão.
Trujillo e Sheppard estimam que haja algo em torno de 900 outro objetos parecidos com Sedna e 2012VP apenas na região do céu observada por eles. Não só isso, mas é possível que haja “lá fora” um objeto oculto, 10 vezes maior do que a Terra, cuja influência gravitacional estaria determinando essas órbitas “malucas” dos dois planetoides e outros objetos transnetunianos. Imagine só!
Sedna, com 1 mil km de diâmetro, é o objeto mais distante conhecido do sistema solar. O ponto mais próximo de sua órbita o coloca a 76 vezes a distância entre o Sol e a Terra (76 unidades astronômicas, ou AU) — mais próximo da estrela do que 2012VP. Em seu ponto mais distante, porém, ele chega a incríveis 1.000 AU.
Siga o autor: Twitter: @hertonescobar; e Facebook: http://goo.gl/3wio5m

terça-feira, 25 de março de 2014

segunda-feira, 10 de março de 2014

Religião e espiritualidade


Planetas descobertos





Mais quatro mundos habitáveis

POR SALVADOR NOGUEIRA
06/03/14  05:55

Concepção artística de um dos planetas recém-descobertos, em torno de uma estrela anã vermelha
Concepção artística de um dos planetas recém-descobertos, em torno de uma estrela anã vermelha


Um grupo internacional de pesquisadores, fuçando dados de arquivo de busca por planetas fora do Sistema Solar ao redor das menores e mais comuns estrelas do Universo, encontrou oito novos candidatos, dos quais possivelmente quatro são mundos habitáveis.
Todos entram na categoria das “superterras” — planetas maiores que o nosso, mas mais modestos que Netuno, o menor dos gigantes gasosos em nosso Sistema Solar. O mais próximo está a apenas 17 anos-luz de distância, uma ninharia em termos cósmicos. (Um ano-luz é a distância que a luz atravessa em um ano, cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.)
Ele orbita a estrela Gliese 682 e tem uma massa mínima 4,4 vezes a terrestre — o que faria dele um planeta com 1,5 vez o diâmetro do nosso planeta, se tivesse a mesma composição. Ele completa uma volta em torno de seu sol a cada 17 dias terrestres.
O sistema mais interessante dentre os recém-descobertos, contudo, pertence à estrela Gliese 180, a 38 anos-luz de distância. Lá, dois planetas diferentes se encontram na chamada “zona habitável” — a região do sistema planetário em que um planeta do tipo terrestre seria capaz de preservar água em estado líquido na superfície. Trata-se da condição mais essencial para a vida como a conhecemos. O mais interno deles dá uma volta em torno de seu sol a cada 17 dias, e o mais afastado completa um ano em 24 dias.
Finalmente, o quarto mundo habitável descoberto pela equipe liderada por Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, gira em torno de Gliese 422 e completa uma translação em 26 dias.
Não é o caso de estranhar que todos esses mundos, apesar de receber radiação mais ou menos equivalente à que a Terra ganha do Sol, completem seus giros anuais tão mais depressa que nosso mundo, que executa uma volta a cada 365 dias. O Sol é uma estrela amarela, bem maior que as anãs vermelhas a que o estudo diz respeito. Quanto menor a estrela, mais perto dela fica a zona habitável.
O estudo, feito com dados colhidos pelos instrumentos HARPS e UVES, ambos do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, foi publicado no periódico “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”.
Para descobrir os oito novos planetas e confirmar a existência de outros dois já apontados por outro grupo, a equipe analisou dados de 41 estrelas anãs vermelhas. Uma análise estatística sugere que planetas de baixa massa — muitos deles possivelmente réplicas da Terra — são extremamente comuns ao redor desses astros. Os resultados sugerem que cada uma dessas estrelas deve ter pelo menos um planeta de baixa massa, e possivelmente muitos mais.
A notícia é sobretudo animadora porque as anãs vermelhas representam 76% de todas as estrelas da Via Láctea. Deve haver Terra para tudo quanto é lado na nossa vizinhança. E as atmosferas desses mundos poderão em breve ser estudadas pelo Telescópio Espacial James Webb, que a Nasa quer lançar em 2018 para suceder o Hubble. Talvez daí venham os primeiros sinais de vida extraterrestre. A busca está esquentando.

Fonte: Folha de São Paulo

quinta-feira, 6 de março de 2014

Campeã do carnaval em São Paulo 2014!



Assiste o desfile completo aqui: http://www.youtube.com/watch?v=VBHbUOV5FdQ

Problemão

O problema não é como chegaram lá ...
 É como tirá-los de lá...!!!
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: []
Descrição: Foto OficialPresidentaDilmaRousseff.Foto: RobertoStuckertFilho.